quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ritual de mumificação no Egito

Bem pessoal, esse é um trecho de um documentário sobre o Egito e sua cultura, que passou no Discovery, espero que seja útil. Beijos a todos.


Depois de assistir a tudo isso, deixe seu comentário ou sua pergunta.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Curiosidade da semana

Esse vídeo é E S P E T A C U L A R ! ! !
Observem a artista, seu trabalho com areia e a música, tente não se emocionar.
Até a semana que vem!



domingo, 8 de abril de 2012

Arte Bizantina



        A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. 

       




        A arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus. 

        


       O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores.Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.

        A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus. 

         Os bizantinos destacaram-se especialmente na arquitetura religiosa, tendo na Catedral de Santa Sofia (Hagia Sofia - sagrada sabedoria) em Istambul, atual Turquia, sua realização mais paradigmática. Construída pelo imperador Constantino em 360 d.C., mas com a ideia encomendada por Justiniano, que contratou dois matemáticos para realizarem o projeto, Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto. Os dois surpreenderam a todos construindo uma obra que representa um ícone da arquitetura bizantina.

Igreja de Santa Sophia 


Arte Cristã Primitiva




Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.Surge a arte cristã primitiva.
Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e uma nova filosofia.Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado e teve início um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitaram sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios.
Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a fase catacumbária, que recebe este nome devido às catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma, onde os primeiros cristãos secretamente celebravam seus cultos.Nesses locais, a pintura é simbólica.


Arte Nouveau



             Embora anteceda o Cubismo, o movimento Art Nouveau teve alguma influência no gigantesco degrau construído por Braque e Picasso em direção ao moderno design. Ao contrário da maioria das correntes associadas ao movimento modernista, o Art Nouveau não foi dominado pela pintura. Mesmo os pintores mais estreitamente relacionados com o estilo, Toulouse-Lautrec, Pierre Bonnard, Gustav Klimt, são identificados no caso, por seus posters e objetos de decoração.
            O Art Nouveau foi o primeiro movimento orientado exclusivamente para o design. Por isso, seu estilo é marcado, algumas vezes, pela decoração elaborada e superficial e pelas formas curvilíneas ou sinuosas. O Art Nouveau é importante para o artista gráfico por causa do estilo que fixa a página impressa; por sua influência na criação de formatos de letras e de marcas comerciais; por sua criação e primeiro desenvolvimento dos modernos posters. O design gráfico foi também influenciado pela contribuição do Art Nouveau, relacionando as áreas da moda, de tecidos e mobílias, da mesma forma que o design de objetos populares, como vasos e lamparinas Tiffany, artigos de vidro Lalique e estampas Liberty.


            Da mesma maneira que muitas outras inovações do design, os modernos posters tornaram-se viáveis em decorrência de uma inovação técnica. A litografia colorida tornou-se disponível ao final do século XIX, possibilitando aos artistas trabalhar direto na pedra, sem as restrições retilíneas da impressão tipográfica. Outra influência que inspirou o uso livre do espaço foi a súbita popularidade das estampas japonesas. É fácil para os designers educados a sombra do Bauhaus e do Estilo Internacional rejeitar o Art Nouveau como um exagero gráfico que nega os princípios básicos do design contemporâneo. Todavia, a decoração é uma influência persistente na comunicação visual e no design gráfico. Basta lançar um olhar, vinte anos mais tarde, ao movimento Art Déco, para encontrar uma sequência dessa alternativa puramente ornamental do design. Embora o Art Nouveau seja uma manifestação típica do século XIX, podem-se encontrar traços desse movimento nos layouts tipográficos dos anos 60 e mesmo da década de 70. Os trabalhados caracteres da família de tipos Bookman, o arredondado da família Cooper Black e o renascimento de alfabetos antigos e ornamentados, tornando possível pela fotoletra e fotocomposição, tudo isso torna evidente a persistente influência do estilo decorativo.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Curiosidade da semana


            Atenção, meninos esse vai para quem quer ser engenheiro, vejam como se trabalha com rapidez e eficiência!
            Isso é que é ENGENHARIA MODERNA.
            Até a semana que vem, com mais curiosidades.

J. Borges


                     
                  J. Borges - José Francisco Borges nasceu em Bezerros - PE, em 20 de dezembro de 1935. Internacionalmente conhecido com exposições em várias partes do mundo, principalmente na Europa. É o mais famoso dos gravadores nacionais em atividade. Simpático e sempre receptivo, J. Borges faz questão de conversar com todos que visitam a casa, explicando o significado das peças e o método de trabalho que utiliza. A sua obra inconfundível fez escola, formando uma geração de seguidores e admiradores. “O povo nordestino é que é criativo, eu só passo esta marca para o meu trabalho”, garante. 

Entrevista com Mestre Dila



          Dila - José Cavalcanti Ferreira nasceu em Bom Conselho, Pernambuco, em 1937. Considerado um dos melhores xilógrafos do Nordeste, escreve, publica e ilustra folhetos, entalhando não só madeira, mas também pedaços de borracha vulcanizada. É seu o cordel "O Homem que virou bode". Segundo o próprio Dila, ele vem de uma família de ciganos que rodou o mundo antes de chegar ao Agreste. Aos 71 anos, ele ainda entalha à mão os personagens dos folhetos de cordel, impressos numa máquina artesanal. A sua oficina é um pequeno espaço no sótão da sua casa onde produz suas obras. “Prefiro assim, deste jeito cada livro é único. A ciência deve ser de cada pessoa”, diz. 

Literatura de cordel


       
                  Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

Xilogravura



Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.
A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel. Quase todos os xilógrafos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel.


Salvador Dalí



            Salvador Dalí foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Os quadros de Dalí chamam a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, como nos sonhos, com excelente qualidade plástica.
            Dalí foi influenciado pelos mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. Era conhecido por fazer coisas extravagantes para chamar a atenção, o que por vezes incomodava os seus críticos.
            Em 1922, Dalí foi viver em Madri, onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Nessa época, ele já chamava a atenção nas ruas como um excêntrico, usando cabelo comprido, longos casacos, um grande laço no pescoço, calças até o joelho e meias altas.
            Nos quadros fazia experiências com o cubismo e o dadaísmo. Tornou-se amigo do poeta Federico García Lorca e do cineasta Luis Buñuel. Dalí foi expulso da Academia de Artes em 1926, depois de declarar que ninguém ali era suficientemente competente para avaliá-lo. Foi nesse mesmo ano que Dalí fez sua primeira viagem a Paris, onde se encontrou com Pablo Picasso. Nos anos seguintes, realizou uma série de trabalhos influenciados por Picasso e Miró, enquanto ia desenvolvendo seu estilo próprio.
            Nos finais dos anos 20, instalou-se em Paris, onde aderiu ao movimento de André Breton. Naqueles anos, definia sua pintura como o produto do método paranóico-crítico, inspirado nas teorias freudianas. As representações adquirem um tom basicamente onírico, no seio do qual se encontram associações frequentemente surpreendentes de objetos cotidianos descritos com grande minúcia técnica e formas compositivas originais. É esse o caso de obras como A Persistência da Memória (1931), em que se destaca a presença de relógios moles, ou Presságio da Guerra Civil (1936). A influência da pintura metafísica é evidente em muitas de suas composições. Também colaborou em alguns filmes, como Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1931), de Luis Buñuel. Nos anos 40, instalou-se nos EUA, país no qual, além de produzir pinturas de temática histórica e religiosa, finalizou ilustrações de livros, desenhos de joalheria e cenografias e guarda-roupas teatrais. Seu interesse pelos efeitos visuais está patente em obras como "A Cadeira" (1975). Em 1974, inaugurou o Teatro Museo Dalí de Figueres, onde está exposta, num contexto físico preparado por ele próprio, parte da sua obra.
            Sua exposição de 1933 lhe deu fama internacional e Dalí lançou-se, então, a uma vida social repleta de provocações e excentricidades. Essa atitude, por alguns considerada mistificadora e venal, aliada a uma postura apolítica, provocou sua expulsão do grupo surrealista.  Durante esse período, adotou o "método de interpretação paranóico-crítico", baseado nas teorias da psicanálise, associando elementos delirantes e oníricos numa linguagem pictórica realista, com freqüentes imagens duplas e objetos do cotidiano, como em "Construção mole com ervilhas cozidas", "Praia com telefone", "Premonições da guerra civil", "Canibalismo de outono" e "O sono".
            Quando do início da Segunda Guerra, Dalí e Gala mudaram-se para os Estados Unidos, onde viveram durante oito anos. Em 1942, Dalí publicou sua autobiografia "A Vida Secreta de Salvador Dalí".
            Em 1982, com a morte de sua esposa Gala, Dali entrou numa fase de grande tristeza e depressão. Parou de produzir e se recusava a fazer as refeições diárias. Ficou desidratado e teve que ser alimentado por sonda. Em 1984, tentou o suicídio ao colocar fogo em seu quarto. Passou a receber o cuidado e atenção de seus amigos.
            Dali morreu na cidade de Figueres, em 23 de janeiro de 1989, de pneumonia e parada cardíaca.

Principais obras de Salvador Dalí:

1922 - Cabaret Scene e Night Walking Dreams
1925 - Large Harlequin and Small Bottle of Rum
1926 - Basket of Bread e Girl from Figueres 
1927 - Composition With Three Figures e Than Blood
1929 - O Grande Masturbador
1929 - Os Primeiros Dias da Primavera 
1931 - A Persistência da Memória
1931 - A Velhice de Guilherme Tell
1932 - O Espectro do Sex Appeal, 
1932 - O Nascimento dos Desejos Líquidos
1932 - Pão-antropomorfo catalão 
1933 - Gala Com Duas Costeletas de Carneiro em Equilíbrio Sobre o Seu Ombro 
1936 - Canibalismo de Outono
1936 - Construção Mole com Feijões Cozidos
1938 - España 1938
1937 - Metamorfose de Narciso
1937 - Girafa em Chamas 
1940 - A Face da Guerra 
1943 - Poesia das Américas
1944 - Galarina e Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de cordar 
1945 - A Cesta do Pão
1946 - A Tentação de Santo Antônio 
1949 - Leda Atômica
1949 - Madona de Portlligat.
1951 - Cristo de São João da Cruz 
1954 - Crucificação ("Corpus Hypercubus")
1956 - Natureza-Morta Viva 
1958 - Rosa Meditativa
1959 - A Descoberta da América por Cristóvão Colombo 
1970 - Toureiro Alucinógeno 
1972 - La Toile Daligram 
1976 - Gala Contemplando o Mar 
1983 - The Swallow's Tail. 

Max Ernest

            Ernst (1891 - 1976) perdura como uma forte e influente figura das artes visuais do século XX. A exposição possibilita examinar alguns temas de sua obra. O que caracteriza a arte de Ernst, acima de tudo, são as mudanças abruptas de direção e uma atitude de rigorosa autocrítica. Com a constante transformação de suas imagens e técnicas ele expressa o desejo de recompor os tumultuosos eventos que presenciou durante a primeira metade do século XX.
            As primeiras obras de Ernst, na mostra, são as suas pinturas-colagens, das quais a “Two Children are threatened by a Nightingale” (Duas Crianças Ameaçadas por um Rouxinol), aparenta ser a mais complexa. Estas são seguidas por uma sala dedicada à sua série de pinturas murais, recuperadas da casa do poeta surrealista Paul Eluard, no distrito de Eaubonne, em Paris. Foram produzidas em 1923, dentro do trabalho poético conjunto realizado pelos dois artistas - “Les Malheurs des Immortals” (O Mal dos Imortais). As pinturas entitulam-se “The Birds Cannot Disappear” (Os Pássaros Não Podem Desaparecer), “At the First Clear Word” (Na primeira Palavra Clara) e “Friendly Advice” (Conselho de Amigo).
            A exposição também inclui muitas das suas obras com técnicas comofrottage e grottage, iniciadas em 1925. Frottage consiste em colocar papel sobre uma superfície e esfregá-lo com grafite preto; na grottageele aplica camadas de tinta, a mais escura por último, e as raspa para revelar a tinta mais clara. Ele aplicava incontáveis camadas de cores escuras, e então, para criar cores excepcionais em seus quadros, as raspava revelando o branco brilhante da tela. Rembrandt costumava usar técnica semelhante.
Ernst desenvolveu estas técnicas em suas visionárias obras “Forests” (Florestas), “Cities” (Cidades), “Entire Cities” (Cidades Inteiras) e no seu “Monument to the Birds” (Monumento aos Pássaros).
            Ele procurou expressar, com sua arte, seus mais intensos sentimentos a respeito dos eventos do mundo. Capturou as dimensões psicológicas do período em imagens tão intensas e inesquecíveis quanto sequências oníricas perturbadoras. Mesmo assim, sua obra estava longe da pintura de sonhos. Sobre a pintura “Fireside Angel” (O Anjo Fireside), escreveu: “Pintei ‘Fireside Angel’ após a derrota dos Republicanos na Espanha. Claramente, esta obra tem um título irônico, já que retrata um monstro terrível que bota abaixo e destrói tudo o que vê em seu caminho. Foi esta a impressão que tive, à época, sobre o que iria acontecer no mundo, e eu estava certo”.
            A série de pinturas visionárias conhecidas como “Europe after the Rain” (A Europa Após a Chuva), foi produzida entre 1933 e 1942. Nelas, Ernst buscou tornar visíveis seus pensamentos. Usou de forma original a técnica da declomania, desenvolvida por seu amigo e pintor surrealista Dominguez. Ela consiste em colocar papel ou vidro em uma superfície pintada para retirá-los em seguida. Alguns surrealistas deixavam o resultado gerado intocado. Ernst desenvolve a técnica revelando formas mutantes escondidas de animais, seres humanos, selvas, cidades e florestas.
            O primeiro quadro da série “Europe after the rain” consiste na vista da terra e do mar por um piloto nas alturas da estratosfera. A paisagem é coberta pela junção de nuvens carregadas - uma encarnação visual da eminente guerra após a tomada do poder por Hitler, na Alemanha.
Ernst foi soldado na I Guerra Mundial e apoiou a Revolução Russa. Se opôs à ascensão do fascismo e protestou contra os Processos de Moscou de Stalin. Na França, foi perseguido pela Gestapo, após ter sido admitido por sua nacionalidade alemã. Todas essas experiências estão traduzidas em pinturas, que refletem a concepção do artista da gravidade do golpe à civilização dado pelo estalinismo e pelo fascismo.
            O último quadro da série data de 1942, e é certamente a obra que melhor expõe os devastadores ataques à humanidade. É a visão de Ernst da proximidade da destruição da civilização. De dentro da terrível paisagem, formas vivas começam a surgir das pedras e da vegetação e observam à sua volta, estarrecidas e incapazes de compreender a nova situação. Essas paisagens dos anos 30 e 40 representam seus sentimentos a respeito do progresso da humanidade. Ernst produziu outras pinturas usando a mesma técnica, obras também magníficas e perturbadoras, como “The Robing of the Bride” (O Vestido da Noiva), “Napoleon in the Wilderness” (Napoleão na Selva), “The Antipope” (O Antipapa), and “The Stolen Mirror” (O Espelho Roubado).

Principais obras de Max Ernst:

- C'est le chapeau qui fait l'homme (Este é o chapéu que faz o homem) - 1920
- Portrait d'Éluard (Retrato de Eluard) - 1921
- La Chute de l'Ange (A queda do anjo) - 1922
- La Femme chancelante (Mulher Instável) - 1923
- L'Armée céleste (O exército celestial) - 1925
- La Forêt (Floresta) - 1925
- Une semaine de bonté (Uma semana de bondade) -1934
- L'Ange du foye (O anjo da lareira) - 1937
- L'Europe après la pluie (A Europa depois da chuva) - 1942
- Le Roi joue avec la reine (O Rei brinca com a Rainha) - escultura de 1944
- Après moi le sommeil (Depois do meu sono) - escultura de 1958
- L'Immortel (O Importal) - escultura de vidro gigante de 1966
- Mon ami Pierrot (Meu amigo Pierrot) - 1974

Marc Chagall


             Marc Chagall criou seu próprio mundo colorido de mitos e mágica, cheio de estranhas criaturas e eventos miraculosos. Ainda assim, sua arte foi essencialmente baseada em memórias e experiências reais, que ele transmutou no caldeirão de sua imaginação. Um homem quase inteiramente absorvido por seu trabalho e sua vida familiar, destinado a confrontar-se com as mais variadas culturas, a atravessar guerras e revoluções e a passar por fugas e exílio.
            Inevitavelmente, o fato de Chagall ser judeu tornou-se uma das principais ameaças à sua vida e sua arte. Ele teve que superar a oposição da família à sua escolha de carreira, porque violava a injunção bíblica conta a pintura de imagens; e, a fim de estudar na capital, São Petersburgo, ele teve de contornar as regulamentações czaristas que confinavam os judeus aos limites do gueto. Apesar de seu ar de desinteresse, Chagall conseguiu ambos.
            Após vários anos em São Petersburgo (1906-1910), Chagall começou a ganhar reputação quando um patrocinador generoso, Max Vinaver, forneceu-lhe os recursos para que se estabelecesse em Paris, na época a indiscutível capital da arte do mundo ocidental. Com Picasso, Braque e outros artistas hoje lendários em primeiro plano (o Cubismo e suas ramificações estavam revolucionando as artes visuais), Chagall explorou técnicas modernistas nunca abandonasse a tônica pessoal que já havia forjado.
            Paris tornou-se a "Segunda Vitebsk" de Chagall, e ele quase pretendeu se estabelecer lá permanentemente. Mas em 1914, quando estava em visita à Rússia, estourou a Primeira Guerra Mundial, e ele não pôde voltar. Em 1915, casou-se com Bella Rosenfeld, sua noiva desde 1909, celebrando seu amor em uma série notável de obras que continuou a pintar mesmo após a morte dela, trinta anos depois. Nessa época, conseguiu sobreviver à guerra trabalhando no         Departamento de Economia de Guerra e chegou mesmo a ressurgir, após a Revolução de Outubro de 1917, como Comissário de Arte em Vitebsk. O comissariado de Chagall encerrou-se em pouco tempo, em conseqüência de desentendimentos com seus colegas artistas, após o quê ele trabalhou como projetista de teatro em Moscou e lecionou por um período em colônias fundadas para órfãos de guerra. Finalmente, em 1922, como a atmosfera na União Soviética se tornasse progressivamente menos amistosa para sua arte apolítica, Chagall, Bella e sua filha Ida emigraram. Sua rápida visita havia durado oito anos.
            Em 1923, Chagall recebeu do famoso comerciante francês Ambroise Vollard a encomenda de ilustrar uma clássica novela russa, Almas Mortasm de Gogol. Os Chagalls se estabeleceram na França, e Marc ganhou uma nova reputação como ilustrador em guache e gravuras enquanto continuava sua carreira como pintor. Os anos que se seguiram foram felizes e prósperos, cheios de trabalho e viagens, mas os anos 1930 foram cada vez mais obscurecidos pela ascensão do facismo, refletido em obras sombrias como Crucificação Branca.
            Em 1937, Chagall naturalizou-se francês - um privilégio logo revogado quando estourou a Segunda Guerra Mundial e a França, derrotada pela blitzkrieg (tropa de choque alemã) nazista, foi dividida entre autoridades nazistas e colaboracionistas. Chagall demorou para perceber o perigo de sua posição como judeu e como um artista condenado pelos nazistas como "degenerado". Foi mesmo preso em abril de 1941, mas libertado graças à intervenção norte-americana, e apressadamente partiu para o exílio uma segunda vez.
            Passou os anos da guerra nos Estados Unidos, atormentado não apenas pelas notícias da guerra, mas também pela súbita morte de Bella, em 1944. Poucos anos depois iniciou um relacionamento com uma inglesa, Virginia Haggard, que durou até 1952. Enquanto isso, voltou à França em 1948, estabelecendo-se definitivamente no sul. Embora tenha viajado muito, os dias de fuga e exílio de Chagall haviam acabado, e seu casamento em 1952 com Valentine Brodsky trouxe-lhe a estabilidade de que precisava.
            O resto da longa vida de Chagall foi devotado a uma criatividade superabundante. Prolífico quase até o fim morreu com 97 anos, em 29 de março de 1985.

Principais obras do artista:

·         Eu e a princesa, 1911
·         O prometido, 1911
·         A Chuva, 1911
·         Maternidade, 1912
·         Paris à Janela, 1913
·         Sobre Vitebsk, c. 1914
·         Mania cortando o pão, 1914
·         O violinista verde, 1923-1924
·         A sirene, 1945
·         A Praça da Concórdia, Paris, 1960
·         Vila cinzenta, 1964
·         Cesta de frutas e ananás, 1964
·         O círculo vermelho, 1966
·         Alegria, 1980
·         Canção: A tora vermelha, 1981
·         O palhaço voador, 1981

Joan Miró


              Pintor espanhol, surrealista, nasceu no dia 20 de abril de 1893, na cidade de Barcelona. Conheceu Picasso em Paris, numa viagem que realizou em 1919. 
            Criou imagens sobre o irracional e o onírico que eram distorcidas em construções geométricas e orgânicas. Iniciou retratando ambientes campestres e posteriormente uma abstração que apresentava cores brilhantes em fundos planos. Utilizou em seus quadros símbolos e deformações livres de qualquer tipo de designação figurativa.
            Por volta dos 25 anos, em 1919, decidiu mudar-se para Paris, onde as vanguardas dominavam o cenário artístico e cultural. Instalado na capital francesa, Miró ficou particularmente interessado nas experiências surrealistas de exploração do inconsciente. "Ele foi o mais surrealista de todos nós", chegou a dizer o líder inconteste do movimento, o escritor André Breton.
            Mais tarde, ao recordar esse período de sua vida, em que alternava os verões em Montroig e os invernos em Paris, o próprio Miró diria que havia uma diferença básica entre eles e os colegas ligados ao surrealismo. Enquanto estes utilizavam substâncias artificiais para "abrirem livremente as portas da percepção", seu principal canal com o mundo da alucinação e do delírio era mesmo a fome.
            "Eu voltava tarde da noite para casa e, por falta de dinheiro, não jantava. Assim, rabiscava no papel as sensações que a fome provocava em meu organismo", revelaria. Sem conseguir vender um número suficiente de quadros que lhe permitisse uma vida apenas razoavelmente digna, Miró chegou a enfrentar o rigoroso inverno de 1925 tiritando de frio, pois não tinha recursos para sequer mandar consertar o aquecedor que estava quebrado.
            Nesta fase pintou em 1925, o quadro “Carnaval do Arlequim” e o Interior Holandês em 1928. Nos anos 30, começou a trabalhar com a colagem, inspirado na guerra civil de 1936, pintou o “O Ceifeiro, Cabeça de Mulher”. Começou a trabalhar com escultura em 1944.
            Realizou murais para o edifício da Unesco, em Paris, em 1958; e para a Universidade de Harvard, em 1960. Na juventude cursou a Escola de Belas Artes de Barcelona, mesmo a contragosto de seus pais que o queriam no comércio. Por um período teve que abandonar os estudos e trabalhar no comércio.
Ao trabalhar no comércio entrou em depressão e necessitou de cuidados médicos. Mas resistiu e retornou às artes.
            Miró e sua arte sobreviveram ao conflito e ganharam reconhecimento internacional definitivo nas décadas seguintes. No final de sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto. Morreu aos 90 anos, rico e bem-sucedido, celebrado em todo mundo como um dos maiores artistas do século XX.

Principais obras de Miró:

Pinturas

- Nord-Sud, 1917 óleo
- Retrato de bailarina espanhola, 1921, óleo
- O Carnaval de Arlequim, 1924, óleo
- Interior holandês (três pinturas em óleo), 1928
- Caracol, mulher, flor e estrela, 1934
- Mulher e pássaros ao amanhecer
- Una estrela acaricia o sonho de uma negra, 1938, óleo
- Azul, 1961, óleo
- Personagem diante do Sol, 1968, pintura em acrílico
- A esperança do condenado a morte, 1974

Murais Cerâmicos

- Murais cerâmicos do Sol e da Lua, 1958, Sede de Unesco em París.
- Mural cerâmico para a Universidade de Harvard, 1950.
- Mural cerâmico da Fundação Maeght, 1964
- Mural de cerâmica da Cinemateca, 1972 de París.
- Mural cerâmico do Novo Palácio do Congresso de Madrid, 1980.

Esculturas

- Pássaro lunar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Pássaro solar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Relógio do Vento, 1967 (escultura em bronze)
- A carícia de um pássaro, 1967 (escultura em bronze)
- Cachorro, (escultura em bronze)
- Miss Chicago, 1981
- Mulher e Pássaro, 1983 (escultura em cerâmica)

Poetas e cordelistas II


“De noite tu vives na tua palhoça,
de dia na roça de enxada na mão.
Julgando que Deus é um Pai vingativo,
não vês o motivo da tua opressão.

Tu és nesta vida um fiel penitente,
um pobre inocente no banco do réu.
Caboclo não guarde contigo essa crença,
a tua sentença não parte do Céu”



Patativa do Assaré

Poetas e cordelistas


“Não tenho sabença,
pois nunca estudei,
apenas eu sei
o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho,
vivia sem cobre
e o fio do pobre
não pode estudá”
Patativa do Assaré.